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Conselho da ONU rejeita resolução do Brasil

EUA vetam proposta brasileira para o conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas

18 out 2023 - 11h43
(atualizado em 21/10/2023 às 17h34)
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O Conselho de Segurança da ONU está sendo presidido pelo Brasil este ano
O Conselho de Segurança da ONU está sendo presidido pelo Brasil este ano
Foto: UN/Amanda Voisard

O Conselho de Segurança das Nações Unidas rejeitou nesta quarta-feira, 18, a resolução apresentada pelo Brasil, que atualmente preside o órgão, referente ao conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas. A sessão foi iniciada por Sérgio Danese, embaixador brasileiro na ONU, e somente os Estados Unidos votaram contra.

A resolução obteve 12 votos favoráveis, porém, os Estados Unidos, que tradicionalmente têm apoiado Israel no conselho, vetaram a proposta. Rússia e o Reino Unido se abstiveram. O veto norte-americano ocorreu devido a duas alterações proposta pela Rússia: uma para incluir uma condenação a ataques a civis na Faixa de Gaza, citando o ataque ao hospital, e a segunda, para falar em cessar-fogo humanitário, em vez de uma pausa humanitária. A primeira parte teve 6 votos a favor, 1 contra e 8 abstenções, sendo derrotada. A segunda parte também fracassou, após novo veto dos EUA —o placar total foi de 7 a favor, 1 contra e 7 abstenções.

Israel divulga novas imagens de ataques a alvos do Hamas na Faixa de Gaza:

A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, alegou que o texto não aborda o direito de autodefesa de Israel. Os EUA são um membro permanente do conselho e têm poder de veto e, por isso, o texto não foi aprovado, mesmo com a votação favorável de outros países.

Avião do governo alemão é evacuado em Tel Aviv após alerta de míssil:

"Os EUA estão desapontados que a resolução não cita o direito de autodefesa de Israel. Não podemos apoiar o avanço dessa resolução, mas continuaremos a trabalhar com os membros do conselho", afirmou a embaixadora Linda Thomas Greenfield. "Estamos no terreno fazendo o trabalho duro da diplomacia."

Israel divulga vídeo para negar responsabilidade por ataque a hospital em Gaza:

"Ao passo que reconhecermos o desejo do Brasil de aprovar esse texto, acreditamos que precisamos deixar essa diplomacia acontecer, especialmente quando o secretário-geral António Guterres, o presidente Joe Biden e o secretário de Estado Antony Blinken e atores regionais estão envolvidos em intenso diálogo sobre várias questões que estamos deliberando hoje. Sim, resoluções são importantes e este Conselho devem se pronunciar, mas nossas ações que tomamos devem ser baseadas em informações do terreno e apoiar ações e esforços diplomáticos que salvam vidas", completou.

Posteriormente, o representante russo propôs duas alterações ao texto da resolução. Em seguida, a proposta foi submetida a votação.

Como cada país votou 

Doze países, incluindo a China, deram seu voto favorável ao texto proposto pelo Brasil.

São eles:

  • Brasil;
  • China;
  • França
  • Albânia;
  • Equador;
  • Gabão;
  • Gana;
  • Japão;
  • Malta;
  • Moçambique
  • Suíça e
  • Emirados Árabes Unidos

A votação da resolução elaborada pelo Brasil havia sido adiada em 2 ocasiões: a primeira devido a modificações no texto e a segunda em razão do bombardeio a um hospital na Cidade de Gaza, que resultou em quase 500 mortes.

A escalada de violência, que chegou ao 12º dia, já soma mais de 4.000 mortos, sendo 3.000 palestinos e 1.400 israelenses. A maioria é civil.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: Redação Terra
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